Não há dúvidas: as eleições de 2018 mostraram um Brasil dividido entre duas propostas diametralmente opostas. Não cabe a nós definir qual delas é a melhor para o país. Basta dizer que existe, pelo que demonstram os resultados, um amplo desejo por mudança. Infelizmente, esses anseios por transformação não se manifestaram em vínculos com projetos de nação, mas na negação do outro, entendido como mal a ser extirpado. O pós-eleição exige serenidade e diálogo, de modo a restabelecer os objetivos que fora da campanha nos constituem em um só país. 

É isso que nós, do SESCON-RS, buscaremos; sem esquecer da cobrança para que as bandeiras que defendemos, como a correção da tabela do imposto de renda, a desburocratização, a diminuição da carga tributária e a gestão pública eficaz estejam na pauta do novo Presidente. Elas estiveram presentes nos discursos do rádio, da televisão e do WhatsApp. Entretanto, nosso momento exige prática, ética e transparência.

No Estado também observamos uma campanha acirrada, ainda que menos belicosa. De qualquer forma, o Governador terá um desafio gigantesco a sua frente. Gigantesco como é a Dívida Pública do Rio Grande do Sul e a necessidade de uma gestão atenta à Responsabilidade Fiscal. Tudo isso, aliado a ações que garantam um plano de investimentos e desenvolvimento para o nosso Estado.  

Incentivaremos o novo governador para continuidade de projetos sociais, como o Escolha o Destino, que destina parte da arrecadação do Imposto de Renda para Crianças e Idosos, que nos últimos anos recebeu muita atenção do SESCON-RS. Além disso, estaremos à disposição do governador para auxiliar nas questões envolvendo a Junta Comercial e a política tributária estadual.

A polarização e a política pautada pela negação do outro assustam. Ainda assim, demonstram vontade de participação. É nela que gostaríamos de nos concentrar. O desejo de mudança não se concretiza somente pelas mãos de nossos agora eleitos Presidente e Governador. Esperamos que o apreço pela democracia se manifeste na ação de nossos governantes e em uma participação social pautada pela esperança de dias melhores; na esperança de que se estabeleçam as reformas necessárias (como a tributária, política e previdenciária) sempre respeitando a nossa Constituição e as Instituições que nos constituem enquanto nação.

É pelo bem da sociedade que estamos aqui e, se for assim, os agora eleitos Governador e presidente poderão contar conosco.