SESCON-RS - Debate Público Reforma Trabalhista - 31102017 - foto de Guili Bolfoni
A partir do próximo sábado, o Brasil irá viver um novo paradigma nas relações de trabalho. No dia 11 de novembro entra em vigor a chamada Reforma Trabalhista, nova legislação que vai estabelecer regras em pontos como férias, trabalho intermitente e contribuição sindical. Mas o que isso irá afetar no dia a dia de empresários, colaboradores das empresas e profissionais liberais? Para responder essa e outras perguntas, o SESCON-RS promoveu em seu Centro de Eventos, o Debate Público Reforma Trabalhista.

Na primeira parte do encontro, que lotou o auditório Ivan Carlos Gatti e teve transmissão ao vivo via Facebook, o diretor da Fenacon e ex-Presidente do SESCON/SP, Sérgio Approbato Jr., e o mestre em ciências políticas, Fábio Ostermann, debateram a estrutura sindical brasileira, a partir da reforma. Na sequência os juízes do trabalho, Marlos Melek (PR) e Rodrigo Trindade (RS), discutiram os aspectos práticos da nova lei. A mediação foi do Presidente do SESCON-RS, Diogo Chamun. “Esse debate é
mais uma ação do SESCON-RS, que visa levar informação e conteúdo à sociedade. A reforma vai destravar várias amarras na legislação trabalhista, mas tem aspectos não foram amplamente debatidos e passaram meio rápido demais”, comenta Chamun. Todo o conteúdo dos dois debates está disponível na fanpage do SESCON-RS (www.facebook.com/sesconrs).

OPINIÕES:

“Sindicatos são meramente associações e devem servir como tal, a partir
da participação voluntária. E não com essa mentalidade coercitiva, de
obrigatoriedade de contribuição e de filiação dentro da categoria”
FÁBIO OSTERMANN
Mestre em Ciência Política

“Na minha base sindical em São Paulo temos 95 mil empresas. Se apenas
mil optarem em pagar a contribuição, mesmo assim a negociação coletiva
irá valer para as outras 94 mil que não pagaram a contribuição. Essa é uma
questão muito cruel”
SÉRGIO APPROBATO JR.
Diretor da Fenacon

“Toda reforma trabalhista promove uma tendência de redução de salários,
de aumento de jornadas, de perspectiva de aumento de acidentes e
doenças e de dificuldade de acesso ao judiciário”
RODRIGO TRINDADE
Presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho do RS

“A CLT é totalmente desigual! Ela trata a Petrobras da mesma forma que a
borracharia, a padaria da esquina. Não é possível que alguém concorde
com isso!”
MARLOS MELEK
Juiz do Trabalho (PR)